sábado, 13 de fevereiro de 2010

Leandro de Itaquera enfrenta problemas e tem que correr na avenida

A Leandro de Itaquera enfrentou problemas e nervosismo durante sua participação no desfile do Grupo Especial de São Paulo. A agremiação foi a segunda a entrar na avenida na noite deste sábado (13) e teve que correr na pista para não estourar o tempo máximo de 65 minutos estabelecido no regulamento.


O enredo da escola falava sobre as influências das cores vermelho e branco, que também são as oficiais da escola.
O desfile já começou tenso. A escola teve problemas com o carro abre-alas antes do início de sua participação: a alegoria mostrava uma mulher deitada e um homem sobre ela, simulando uma relação sexual. Mas o eixo que liga as duas partes do carro e ajuda os integrantes da escola a movimentar o veículo na avenida teve problemas. Houve correria intensa para tentar soldar a peça. A falha foi resolvida, mas atrasou a entrada da escola. 

A escola também teve problema com um carro de som durante o desfile - que tem um clima de muito nervosismo. O som parou durante cerca de 15 segundos e os membros da escola de samba seguraram o samba enredo cantando sem acompanhamento.

No fim da apresentação a escola também teve falhas. Os integrantes da escola tiveram dificuldade para encaixar os eixos do último carro a entrar na avenida, o que atrapalhou a entrada na avenida. A agremiação teve de acelerar o andamento do desfile para evitar buracos na avenida.
Leandro Alves Martins, fundador da escola, chegou a passar mal ao fim do desfile e teve de ser atendido pela equipe de emergência do sambódromo. Mas Emerson Nunes, diretor de comunicação da escola, diz que ele está bem.
– Ele teve uma leve queda de pressão. Ele ficou vários dias sem dormir, mas está bem. Está sendo atendido na ambulância.
A agremiação desfilou com os 3.500 integrantes, a bateria do Mestre Diney, o casal de mestre-sala e porta-bandeira Jorge Edson e Karin Darling Martins, a musa da bateria Viviane Cristina Rego, rainha Viviane Cristina dos Santos e a madrinha Íris Stefanelli, que chegou em cima da hora para a apresentação.
– Cheguei atrasada e levei uma hora para colocar a minha roupa. Peguei um trânsito intenso na avenida 9 de Julho e fiquei muito nervosa, ansiosa, já que cheguei em cima da hora.
O desfile da Leandro, que trouxe a cantora Sandra de Sá como intérprete oficial, não empolgou o público, com exceção do carro abre alas. Com 35 casais em trajes íntimos e poses sensuais, a performance arrancou aplausos e gritos ao passar, principalmente da plateia feminina. Partes das arquibancadas, principalmente no início e no final do sambódromo, estavam vazias, o que ajuda a explicar o clima um tanto frio do desfile. Mas os integrantes da escola tinham na ponta da língua do samba Sob um manto de amor e paz, sou Leandro de Itaquera desfilando o vermelho e branco no meu Carnaval". Quando o som falhou, a escola cantava a letra com força. 
O desfile da Leandro de Itaquera foi dividido em 28 alas temáticas e cinco carros alegóricos, com o vermelho e branco como cores predominantes. A intenção foi celebrar as grandes festas populares do Brasil e do mundo, como o Réveillon, o festival de Parintins e o carnaval do Salgueiro, escola do coração de seu Leandro.

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